Projeto Encontros Sociais

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cine Encontros Sociais (CINEES)



O Cine Encontros Sociais (CINEES), é um evento pedagógico organizado pelo Grupo PET Encontros Sociais que se utiliza da análise critica de filmes para se discutir conteúdos temáticos presentes na realidade das comunidades da Região Metropolitana do Recife (RMR). O CINEES é realizado mensalmente, e serve também como um mecanismo articulador de relações Comunidade-Unviersidade. Cada mês um grupo de pessoas de umas das comunidades que os bolsistas do PET atuam, é selecionado para participar das sessões. Essa atitude acaba por promover a aproximação da comunidade com a universidade, ou seja, não somos apenas nós que freqüentamos os espaços populares, com o CINEES a recíproca vigora, a comunidade com seus conhecimentos passa a está dentro da universidade.  Assim, através da análise da forma e sentido do filme, procura-se apreender problemáticas interessantes capazes de propiciar uma consciência critica da sociedade global, o CINEES é uma roda diálogo trazida para realidade da Universidade, onde se desenvolvem relações dialógicas.

Robson  Cavalcanti 


Referência
Tela Direta. Disponível em:<http://www.telacritica.org/>. Acessado em  julh/2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Antes de qualquer coisa quero salientar que esta postagem é mais uma reflexão da experiência vivenciada por nós integrantes do PET conexões Encontros Sociais e um recado de boas vindas aos novos integrantes. Então as considerações teórico-metodológicas terão que esperar para as postagens subsequentes. 

Nós os veteranos estamos há nove meses neste desafio que é PET. No princípio eu só tinha uma certeza: a sala de aula não era capaz de me preparar para todas as vicissitudes do mundo lá fora. O que venho aprendendo ao longo desta vereda é que acima de tudo vamos encontra as respostas, o estimulo, a recompensa desta deste desafio no outro. 

Em Antropologia há o conceito da alteridade, ou seja, é em contato com o outro diferente de mim que eu me apercebo de mim mesmo.



A experiência de estabelecer o diálogo com o outro e fazer com que ambas a partes saíam beneficiadas é o maior desafio. Francamente muitas vezes pensei em desistir, achei que o pouco que posso oferecer não adiantar de muita coisa, hoje olhando para trás vejo que o meu pouco no fim das contas foi o suficiente para fazer acontecer. Também graças a ajuda dos outros, por que nada  feito só por mim . O saber que retiramos é um saber totalmente dialógico.

O PET não é só eu e os outros onze bolsistas, o PET Encontros Sociais é uma postura, é um espaço, é quando terminar sairemos muito mais ciente e preparado para lidar com a realidade, levaremos muitas lembranças e amigos.

Em síntese eu queria agradecer a todos que fazem parte do PET comigo. E aos que estão chegando agora sejam bem vindos, espero que mesmo com todos os percalços consigamos coletivamente construir uma postura crítica concisa com a realidade, e que possamos formular um conhecimento que diga respeito á realidade concreta, as pessoas de verdade.
Laura Hamonyta

domingo, 18 de setembro de 2011

Um pouco sobre a história da saúde no Brasil

           

O SUS foi criado e aprovado pela Constituição Federal, em 1988, que reconhece o direito de acesso universal à saúde para toda a população. Ele foi conseguido com muita luta social e empenho de pesquisadores da área.

Antes do SUS

Durante a República Velha os trabalhadores do campo e da cidade e respectivamente seus familiares não tinham acesso aos serviços de saúde, o atendimento se restringia para aqueles que podiam pagar ou por intermédio de caridade. Considerando que nesse período tinha-se um Estado liberal-oligarquico cuja ideologia era que o Estado só deveria atuar naquilo e somente naquilo que o indivíduo sozinho ou a iniciativa privada não pudesse fazê-lo. Sendo assim a princípio não teria porque intervir na saúde. Diante do surgimento de epidemias de febre amarela, que representou uma ameaça aos interesses econômicos da época, o estado resolve intervir na saúde e convida o médico Oswaldo Cruz para o combate a epidemia. Porém, não era o conjunto de problemas de saúde e carências da população que passaram a ser objeto de atenção do estado, mas aqueles que diziam respeito a interesses específicos da economia de exportação. Nesse período a população vai as ruas pedir por melhores condições de trabalho, saúde e a criação da previdência social.


No período correspondente a Era Vargas, a saúde pública passa a ter sua constitucionalização, na esfera federal, pelo Ministério da Educação e Saúde, enquanto a medicina previdenciária e a saúde ocupacional vinculam-se ao Ministério do Trabalho recém criado, sendo a saúde no Brasil se desenvolve de forma trifurcada no âmbito estatal (saúde pública, medicina previdenciária e saúde do trabalhador), assim a organização dos serviços de saúde não se limitam mais a ação da política sanitária e das campanhas sanitárias que caracterizavam a Republica Velha. Porém apesar da criação do Ministério da Saúde em 1953, a assistência médico-hospitalar vai superando, progressivamente, as ações e serviços de saúde pública, fornecendo as bases para a capitalização do setor saúde e da medicina.


Durante a ditadura, considerando o modelo econômico adotado que concentrou a renda, reforçou as migrações do campo para a cidade e acelerou a urbanização, sem garantir os esforços necessários à infra-estrutura urbana como saneamento, transporte, habitação, saúde, etc, tinha-se um cenário muito propício a epidemias. No entanto as políticas públicas desenvolvidas pelos governos militares privilegiaram o setor privado. Com a derrota do regime autoritário, a eleição de Tancredo Neves, ampliou-se os espaços das forças democráticas possibilitando a construção da proposta da Reforma Sanitária. Essa proposta expressava movimentos sociais envolvendo estudantes, profissionais de saúde, sindicatos associações de moradores, destacando-se o chamado movimento sanitário.
Apenas em 1979, no primeiro Simpósio de Políticas Nacional de Saúde, foi apresentado um documento para debate, que propunha a criação de um Sistema Único de Saúde para o Brasil. A parir de então o movimento foi ganhando força e diferentes formas a medida que amadurecia e ganhava reajustes.

E apenas em 1988 o sistema único de saúde, que busca a universalidade, integralidade e equidade foi aprovado pela Constituição Federal. O SUS corresponde a uma vitória muito grande na saúde, porém sua aprovação é apenas o início para colocá-lo em prática considerando as dimensões territoriais do Brasil e sua jovialidade muito ainda temos que desenvolver.


Juliana Brito Gonçalves
Acadêmica de Enfermagem