Projeto Encontros Sociais

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Democracia de Nike no pé.



Durante a nossa 1° SES um tema gerou muito debate e permeou todas as discursões, a participação social e politica dos movimentos sociais e seus possíveis lideres!
Um tema amplo que acalorou discussões durante todas as mesas de nosso evento, onde a participação social em vários momentos tomou formas diferentes seja na voz de lideres, de fiscalizadores dos gastos públicos ou da movimentação informal e espontânea.
As principais criticas era sobre que tipo de participação temos atualmente? Já que a participação por meio de sindicatos e associações foi posta muitas vezes como uma forma “clássica” de reivindicação de direitos e que já está impregnada pela politicagem e se transformando e verdadeiros pontos de boca de urna. Um fato não podemos negar, as associações institucionalizadas conseguiram mudar a realidade da muitas comunidades e há alguns anos os governos vem empoderando e endinheirando os lideres dessas instituições que já não lutam pelos mesmo ideais que comunidade comunga. É certo que as mudanças que ocorreram nas ultimas décadas resolveram problemas factuais enquanto que a mudança estrutural dentro do sistema politico e social do Brasil é remendada pela boa economia que alavanca os votos e a satisfação e ainda alimenta o comodismo do Brasil que “cresce”.
Essa nova participação seria de forma autônoma com mobilizações por meio das redes sociais e manifestações “espontâneas”, mas seria realmente mais eficiente? Não posso afirmar com alguma certeza o fato é que os Brasileiros se inspiram em revoltas internacionais em que as redes sociais e a ausência de partido e regulamentos rígidos de associações conseguiram mover ditaduras rígidas e fazer cair opressores que há décadas estavam no poder, calor que a situação em que ocorreu a “primavera árabe” é bastante diferente da atual conjuntura Sociopolítica brasileira.
Até onde a participação popular precisa estar calcada no engajamento por causas especificas de uma comunidade ou necessidades mais imediatas como um calçamento ou a reforma da pracinha e enquanto isso como anda a reforma politica e as reformas estruturais pelos direitos e acessos a bens universalizados, o líder comunitário não é o vilão, o inimigo que antes era personificado nos coronéis, nos barões e um industrial ao modo europeu do sec. XIX, hoje é invisível, está dissolvido entre os fluxos globais  e o mercado financeiros e especulações.
Assim como Leci Brandão já falava em suas musicas da esperança que surgisse um líder na comunidade assim como o fantástico “Zé do caroço” hoje esperamos que se ergam milhares de “Zé” que botem a boca do mundo que faça um alvoroço e não se contente com seus sapatos de marcas famosas enquanto ainda são caçados pela policia, que exija não uma revolução do movimento popular, mas sim uma evolução do povo em mo(envol)vimento!

“... E na hora que a televisão brasileira
Destrói toda a gente com sua novela
É que o Zé bota a boca no mundo
Ele faz um discurso profundo
Ele quer ver o bem da favela

Está nascendo um novo líder...”

Leci Brandão
(Para quem se interessar na música: http://www.youtube.com/watch?v=on6KBN7x3IM)


Antonio Marques Silva Lima

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