Projeto Encontros Sociais

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domingo, 11 de dezembro de 2011

Acesso a ARTE

              O homem desde os primórdios utiliza a arte como forma de expressão, através dela o artista demonstra seus sentimentos. E o objeto que resulta da expressão desses sentimentos tem o poder de despertar os mais variados tipos de sentimentos. Filmes, músicas, livros, pinturas, esculturas tem a capacidade de nos fazer chorar, sorrir, ter raiva, sentir tranqüilidade entre outras coisas. Afinal quem nunca chorou com um filme, ou lembrou um momento especial ao olhar uma foto, ouvir uma música?
                Pois é, a arte faz parte do homem. Porém algumas pessoas em nossa sociedade muitas vezes se vêem excluídas dessa particularidade tão humana e que alguns pensadores acreditam que seja uma das grandes diferenças dos homens para os animais. A nossa sociedade vendo as pessoas com deficiência como diferentes, como se não tivessem sentimentos igual a todos, acaba privando essas pessoas de desfrutar das artes produzidas

                Essas pessoas, no entanto, demonstram para essa sociedade que suas necessidades especiais não fazem delas objetos, pessoas sem sentimentos. Que muito ao contrário disso são pessoas repletas de sentimentos como qualquer outra, com capacidade de se emocionar com um filme, com uma musica, de apreciar uma escultura, uma pintura e além disso de produzir. Vários são os exemplos de pessoas com deficiência que produzem coisas belíssimas.

Marcelo Cunha - Tetraplégico desde 1991

Presépio feito por alunos do Instituto Benjamin Constant, instituição pública federal de ensino para cegos.





                Falta a nossa sociedade entender que as pessoas com deficiência tem direito a cultura. Uma sociedade tão avançada em termos de tecnologias porém tão atrasada no que se trata de acessibilidade. Todos têm direito a ter acesso a arte! E é nessa luta que os surdos por exemplo se engajam na campanha “Legenda para quem não ouve, mas se emociona” e que Instituto que trabalham com cegos promovem exposições sensoriais. 




Exposição de fotografia em relevo de Paulo Abrantes

         
Acessibilidade é urgente, não podemos mais aceitar que a sociedade ainda exclua as pessoas com deficiência! Conhecer o outro e respeitar as diferenças é fundamental!


E ai segue um video para vocês se deliciarem. Uma belissima apresentação de dança sob cadeiras de rodas, simplismente maravilhoso:


Renata Souza
 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Mídia e consumo: drogas


Como se sabe, a mídia é um dos agentes formadores do que conhecemos por opinião pública. Essa questão é extremamente importante, em um país onde as pessoas tomam as informações expostas na TV, por exemplo, como corretas se acomodando e não as confrontando com outras fontes de conhecimento.
Em comunidades carentes essa situação é ainda mais grave, a influência de fatores relativos ao meio em que vivem crianças e adolescentes e os baixos índices de escolaridades dos adultos deixam os jovens a mercê dos que é reproduzido pelos meios de comunicação, sendo estes em muitos casos, o educador desses cidadãos. Situação que torna-se um problema quando se percebe que no país a mídia sofre uma manipulação feroz.
Ao se falar de drogas duas situações são importantes para serem tratadas aqui.
A primeira é que, hoje a mídia através de TV, rádio, jornais, revistas e etc. nos fazem pensar que vivemos em um lugar onde predomina uma epidemia única de drogas ilícitas, como o crak. Esta postura gera uma situação de desespero entre os adultos em relação ao uso de drogas pelos jovens, levando-os a um controle desmedido, em vez da aproximação e do diálogo com eles, muito mais eficientes.

Esse clima de terror desperta nos jovens um aumento da curiosidade em torno do fascínio que os meios de comunicação atribuem às drogas, promovendo uma maior atração pelo consumo, especialmente entre aqueles que, ao tomar contato com as notícias, julgam que o uso é geral e que, portanto "para ser aceito" também deve aderir a esse comportamento
A segunda situação preocupante na influência da mídia sobre os comportamentos de risco em relação às drogas, não apenas dos jovens, mas de adultos e até de crianças, refere-se às propagandas das chamadas drogas lícitas: a bebida e o cigarro.

A publicidade desses produtos associa beber e fumar com diversão, charme, alegria, aventura, sucesso profissional, ótimo desempenho esportivo e aceitação social.

As tímidas referências aos efeitos negativos do consumo dessas substâncias acabam por perder-se no conjunto da peça publicitária, não constituindo uma verdadeira informação, nem colocando em dúvida os supostos efeitos positivos que são alardeados. E por isso, mesmo pessoas esclarecidas deixam-se influenciar acriticamente pelo que é divulgado.

Abaixo trouxe um vídeo  fundamental para entender de uma vez por todas como a oligarquia midiática destrói um dos nossos direitos fundamentais, que é o direito à comunicação. 
Didático, a matéria mostra que a concentração dos grandes veículos de comunicação na mão de poucas famílias beira a monarquia, já que o poder é transmitido de pai para filho. 



Robson Cavalcanti

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

GRAFITE: Entre realidades e preconceitos

Há quem considere a origem do grafite (graffit) em uma manifestação ocorrida na França, em 1968, porém estudos mostram que desde o Império Romano eram comuns escritas nos muros.
A palavra Grafite, em grego ("graphéin”) significa escrever, porém é no latim esse significado ganha especificações, tendo como resultado “escrever com carvão”, uma vez que o carvão (composto por cadeias de carbono) se assemelha (estruturalmente) ao grafite (também conhecido como lápis em algumas regiões brasileiras.
Entretanto, há uma discussão sobre tal manifestação, seria essa uma expressão artística ou uma forma de vandalismo?
Em conversas informais com moradores do bairro da Várzea, em Recife (PE), notou-se em parte admiração, porém a discriminação também se fez presente.
Ainda nesse bairro, reside a mentora de grupo de grafitagem, o FloreSendo Idéias, Gabriela, mais conhecida como Azul.
O Grupo já realizou eventos na cidade de Recife, sendo que um desses é constante, a conhecida Terça-Negra, onde muitos grafiteiros e diversos adeptos de movimentos “Black” se reúnem para fazer expressa suas opiniões, seja através da dança, música ou grafite.
Azul conta que já foi alvo de preconceito por estar grafitando, com permissão: “Os policiais chegaram e fizeram a abordagem! Sabe como é, né? Quando notam uma negra “pichando”, como eles dizem, só pode ser marginal!”
O grupo FloreSendo Ideias tem um cunho social notável, ao analisar suas artes nota-se uma inquietação política, na foto pode-se perceber a figura só Sapo, um dos personagens mais místico dos contos de fada, aquele animal feio e nojento que se torna um Príncipe chutando a figura de um Príncipe, muito diferente dos relatados nos contos, sendo o da arte negro.
Na mesma grafitagem, há o desenho de uma menina em um balanço, suas expressões demonstram tristeza, e é justamente esse o personagem mais vestido e que representa  uma classe de maior poder aquisitivo.
A imagem central é justamente o desejo dos artistas pra quem reside no local: tranquilidade e sensação de paraíso na simplicidade.
Com essa pequena análise, nota-se que o grafite sustenta até hoje suas características criadas na França, sendo conhecido como uma das maneiras de protesto silencioso na atualidade.

Priscila Lima