Projeto Encontros Sociais

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Grupo Comjope ( Comunidade Jovem do Pereirinha)

  
  Seguindo as orientações de nossa tutoria, desde o início desse ano, as postagens do nosso grupo tem por linha temática: Projetos Sociais. É possível verificar que as postagens anteriores geralmente fizeram menção a projetos pouco conhecidos de grande parte das pessoas, e isso é de fundamental importância para que possamos conhecer melhor algumas das atividades de nosso país, que estão pautadas na construção de uma sociedade melhor. A atual postagem não se distanciará desta constatação, nela serão descritas as ações de um projeto social  que tem por nome Comjope ( Comunidade Jovem do Pereirinha) desenvolvido numa comunidade popularmente conhecida como Pereirinha, um conjunto de ruas do bairro de Água Fria na cidade do Recife-PE.
  Para que as informações aqui apresentadas tivessem maior legitimidade foi realizada uma entrevista com Alexandre de Almeida o atual presidente do projeto, tal entrevista foi semi-estruturada, sendo assim, orientada pelas perguntas descritas abaixo:

1. Quais as principais atividades desenvolvidas pelo grupo:
  • Festas comunitárias em datas comemorativas como: Dia das crianças, São João, Natal etc.
  •  Academia comunitária, com atividades físicas para todas as faixas etárias.
  •  Bingos comunitários, entre outras.
2. Qual o ano de fundação do Comjope? E atualmente quantas pessoas o compõe?
   O grupo foi fundado em 1998, ou seja, já existe a quatorze anos, no dia 18.01.2012 foi realizada uma assembléia  para que fosse escolhida uma nova diretoria, para que então, o grupo fosse registrado em cartório, este processo ainda está em andamento. Atualmente é composto por cinquenta pessoas em média, entre jovens, crianças e adultos.

3. De quem partiu a iniciativa de formação do grupo? 
     Alexandre o presidente do grupo fala que foi ele mesmo, que no mês de outubro de 1998, bem próximo a comemoração do dia das crianças, propôs a algumas pessoas da comunidade que se organizassem para realização de uma festa nesse dia , desde então o grupo foi formado.
    Ainda pergunto o que foi que o motivou a se articular com estas pessoas para realizar tal evento, ele diz que quando era criança e morava no bairro do Janga- Paulista-PE, sua mãe sempre organizava festas, atividades, em datas comemorativas, e ele percebia como aquilo era positivo para aquela comunidade, por isso, teve a iniciativa de organizar tais atividades em Água Fria também.

4. O grupo tem uma sede própria? Como é sua estrutura organizativa?
     O grupo não tem sede própria, funciona provisoriamente na residência do presidente, local em que se encontram semanalmente para discutir as ações que devem realizar.
        A estrutura organizativa do grupo é formada por uma diretoria composta por: Presidente e vice-presidente, secretária e vice-secretária, tesoureira, diretoria de articulação, diretoria de comunicação e diretoria jurídica.

5. Como é a questão do financiamento para as atividades?
     O grupo sobrevive com doações da comunidade, realização de rifas, bingos, venda de lanches, etc. O presidente fala que em breve será estipulada um mensalidade de valor simbólico para todos os participantes, tendo em vista a formação de um caixa para realização das ações comunitárias.

6. Quais as principais diretrizes que guiam as ações do grupo?
      Alexandre responde que toda ação do projeto é guiada para construção de uma comunidade melhor em diversos aspectos, sejam eles físicos ou espirituais. Por exemplo, a academia proporciona qualidade de vida, melhorando a saúde física e mental das pessoas, as festas são um espaço e interação entre toda comunidade.         Ele ainda relata que estas atividades têm ainda um objetivo maior, que é impedir que os jovens se envolvam com o tráfico de drogas muito comum no bairro, segundo ele são ações que mostram aos jovem que              " Existem outros meios para viver"

7. Os objetivos propostos pelo grupo têm sido alcançados?
       Sim. Em companhia de outros participantes do grupo o presidente responde que tudo que eles planejam executar tem dado certo, apesar de algumas dificuldades. 

8. Qual o retorno que as outras pessoas da comunidade dão as ações do grupo?
     Ele responde que o retorno é sempre positivo, as pessoas sempre participam e colaboram para que as atividades desenvolvidas tenham êxito. Além disso, as ações proporcionam uma integração entre moradores de outras comunidades.

9. As ações do grupo têm significado melhoria nas relações sociais da comunidade?
    Com toda certeza sim , pois as pessoas da vizinhança estão sempre interagindo e pensando em atividades que modifiquem os aspectos negativos como o tráfico de drogas, proporcionando uma melhoria na vida de todos na comunidade.

   Depois do exposto acima resta falar o que me motivou a relatar as ações desenvolvidas pelo Comjope, como moradora da comunidade, posso perceber que tais ações tem proporcionado grande melhoria nas relações comunitárias como um todo.

Dia das Crianças







Academia Comjope 






Contato:
Email: grupocomjope@hotmail.com


domingo, 15 de abril de 2012

GAP – Grupo de Apoio Preparatório

GAP – Grupo de Apoio Preparatório



Incluso na modalidade de pré-vestibular solidário é um projeto extensionista mantido com o apoio da Pró Reitoria de Extensão (PROEXT) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O GAP é um preparatório que tem ganhado destaque em suas seleções pela grande demanda de jovens interessados em participar da iniciativa. Com sede em uma casa particular, doada para sediar o projeto, está localizado na Praça de Casa Forte, bairro Casa forte (Recife-PE), bairro nobre do município (Fig. 1). A finalidade da iniciativa é tornar acessível às vagas nas instituições de ensino superior (UFPE, IFPE, UFRPE, UPE, entre outras nacionais) de qualidade aos que historicamente pouco usufruíram. Pelo seu caráter, o projeto visa atingir jovens de classes populares, advindos de um sistema educacional deficiente, tendo assim previamente, poucas chances de garantir sua vaga em alguma instituição de cursos superiores.

Fig. 1 - Casarão particular, cedido para sediar o GAP. No espaço convive na
parte da frente, moradores herdeiros do local e nos fundos, as salas de aula
e a secretaria do projeto. 
Essa característica do GAP, não torna excludente a participação de qualquer interessado em prestar o vestibular, ou seja, a origem de quem busca a vaga, não é um fator determinante. Ao mesmo tempo em que um aluno advindo de escola pública tem a oportunidade de participar do preparatório, o jovem que estudou em escola particular, também tem essa oportunidade. Atitude elogiável, já que, nem sempre por um aluno ser de escola particular, quer dizer que o mesmo necessariamente  tem uma boa condição de vida. Essa situação torna o projeto mais democrático. A seleção é feita através de um prova de nivelamento e um questionário sócio econômico (Fig. 2).  

Fig. 2 - Cartaz de seleção 2012. É comum encontrar
nos ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR)
a propaganda de seleção do GAP.
Após a passagem pelo processo seletivo, ao aluno que entra, é solicitada uma taxa irrisória destinada à manutenção do projeto direcionada para a elaboração do material didático utilizado no GAP. No entanto, pela grande maioria dos alunos serem de origem popular, é evidente que muitos não dispõem do valor cobrado para pagar. As pessoas que se inserem nessa situação são inclusos na modalidade “escalistas”. Os alunos escalistas geralmente são os jovens que se dispõem a ocupar algum cargo administrativo dentro do GAP, como uma forma de pagar a taxa “cobrada” pelo projeto, como já exposta, voltada para a manutenção do jovem, bem como do próprio projeto.
As aulas do GAP Pretende-se proporcionar um ambiente favorável ao estudo e formar uma equipe humana capacitada. Assim, a base da política pedagógica da iniciativa é composta de planejamento e material de estudo, uso de tecnologia como facilitador para apreensão do conteúdo programático, compreensão da relação indispensável do conhecimento com a vida prática e a valorização da formação humana. As modalidades oferecidas pelo projeto são: Pré-ENEM, O Pré-Enem serve para substituir a antiga 1ª fase e ao acesso para outras instituições de nível superior que exigem tal formato de prova, Isoladas Pré-Vestibular (História, Geografia, Português, Física, Biologia), servem especificamente a 2ª fase do vestibular da UFPE e Básico para Concurso: ao longo dos 5 anos de serviços prestados ao alunos de escolas públicas, ficou patente a necessidade de muitos, com uma fonte de renda baixa, de manter os estudos. O GAP passa a ampliar sua gama de assistência para um básico para concurso com a mesma proposta do pré-vestibular onde alunos de áreas afins da UFPE desempenham tal orientação: direito Constitucional e Administrativo (alunos de Direito); Financeiro (alunos de Contabéis, Economia, Administração) ; Informática básica (alunos de Informática); Português (alunos de Letras); Raciocínio lógico (alunos de Matemática e Física). Exercitando, dessa forma, as faculdades e promovendo a democratização das vagas no serviço público.
Denetre os objetivos destacado no site do grupo estão:
Objetivos:
>Trabalhar auto-estima do aluno através de orientação pedagógica, planejamento de estudo, orientação educacional e lazer, contextualizado com o conteúdo dado em sala de aula;  
>Atuação em outros espaços-aulas: visita a museus e Espaço Ciência;
>Oferecer educação voltada ao ingresso nas universidades públicas;
>Ocupar tempo ocioso dos estudantes, prevenindo a violência e contribuindo para a qualificação do estudante ao estabelecer espaços-aula para a realização dos momentos pedagógicos, oferecendo oficinas e dinâmicas de expressão, leitura, redação, história, geografia e arte;
>Envolver a comunidade nas atividades expositivas, a exemplo de saraus, peças teatrais, confraternizações, dentre outros;
>Acompanhamento pedagógico nas disciplinas dos alunos envolvidos, além de proporcionar também orientação vocacional e planejamento de estudo.

                  
                                                                  (vídeo 1)

Próximo aos períodos de prova, o GAP promove um aulão de revisão, onde todas as matérias são trabalhadas. O ambiente criado durante esses encontros geralmente são descontraídos, e servem para tirar a carga de pressão que os jovens preparados para o vestibular sofrem durante essa fase de suas vidas. O vídeo abaixo mostra a apresentação de um dos professores do projeto. Os locais do aulões costuma ser na UFPE. (vídeo 1)

Localização: Praça de Casa Forte, 365

Telefone: 3265-3913 - 16h às 20h


Robson Cavalcanti

sábado, 14 de abril de 2012

Capacitação de catadores de lixo





Atualmente em Jaboatão dos Guararapes (Região Metropolitana do Recife) vem acontecendo a capacitação de catadores de lixo, com o intuito de formar cooperativas para a venda do material coletado.
Tudo teve inicio, segundo Gustavo Cabral, voluntário do projeto, com a expulsão de catadores do lixão da Muribeca.
O projeto ainda está no início, mas já há avanços consideraveis na relação de lucro.
A dinâmica de venda antes dos primeiro passos do projeto "Catadores de lixo da Muribeca" se dava da seguinte forma: o lixo era coletado e vendido para um articulador entre os catadores e as empresas de reciclagem, uma vez que para que haja a compra por parte das empresa é necessário o CNPJ, com a formação desse grupo de cooperativismo, este será registrado como pessoa jurídica, deixando a etapa de venda para o inemediário para trás, os lucros que essa "ponte" entre os catadores e a empresa serão repassados para os catadores.
O objetivo do projeto, que ainda é novo (4 meses), tem por objetivo sucitar o espírito do cooperativismo nos catadores e as discussões são realizadas por assistentes sociais e um geógrafo (que foi o entrevistado para a coleta dessas informações).
Em conversa com um dos orientadores do projeto, pode-se perceber que o espírito do cooperativismo estava "vivo" nos catadores, mas não de forma organizada. O medo de trabalhar a mais e ganhar a menos foi uma das principais barreiras, como relatou Gustavo.
Ainda não há previsão da geração do CNPJ para a cooperativa.
Assim como os idealizadores do projeto, acredita-se que o caminho para a sobrevivência de pequenos entre grandes é a união!


Priscila Lima

terça-feira, 3 de abril de 2012

Escola de Conselhos de Pernambuco

Procurando um projeto para analisar e postar no blog, fiquei pensando que deveria observar algo que eu me identificasse - tenha prazer de ler e escrever – e que , principalmente, possua um trabalho de relevância e impacto na sociedade. Nesse sentido, achei o projeto Escola de Conselhos de Pernambuco.
Embora tenha apenas 4 anos de existência, a Escola de Conselhos de Pernambuco é inovadora e cada vez mais esta ganhando visibilidade no que tange aos trabalhos executados na perspectiva da defesa, do controle e na promoção dos direitos da criança e do adolescente. Mesmo não tendo uma prática interventiva direta na erradicação dessa problemática,(no sentido de intervenção direta com as crianças e adolescentes) a Escola tem suas ações voltadas a melhoria do atendimento desses usuários e suas famílias.
No site da Escola de Conselhos, percebi poucas informações de cunho esclarecedor e reflexivo sobre as ações da instituição, mesmo assim, alguns pontos são cruciais e valem ser ressaltados. A escola é resultado de ações e planejamentos de vários parceiros em âmbito Municipal, Estadual e Federal, além de ONG’s e Fundações. Para melhor entendermos, a Escola está intimamente ligada aos Conselhos Tutelares do Estado de Pernambuco, cumprindo atividades sócio-educativas, assim como, tendo fundamental importância no Controle Social/ Controle Democrático. Nesse último aspecto, deve-se ressaltar, que a Escola possibilita o mapeamento dos Conselhos Tutelares do Estado, das atividades executadas, na analise, articulação dos serviços prestados, possibilitando a troca de saberes e o diálogo continuo das políticas públicas no que tange a questão da criança e do adolescente.
Achei de grande relevância a intima sintonia que existe não só com os programas, projetos, fundações, mas também, com a Universidade Federal Rural de Pernambuco. Nesse sentido a produção de conhecimento é visível e portadora de um cunho reflexivo, tanto no que tange o projeto, como também as políticas públicas referentes a criança e adolescente. Como expressão efetiva desse movimento, no site estão disponiveis a coletania de 4 livros sobre temas diversos que perpassam os direitos da criança e do adolescente. Vale ressaltar que todos os livros estão disponíveis para downloads.
Outro aspecto muito particular do projeto, no qual me identifiquei bastante, , é a atividade extensionista. Desde 2008, época da fundação da Escola, observa-se que os cursos extensão são estruturantes para a articulação de uma prática sócio-educacional dos Conselhos Tutelares, especificamente dos seus conselheiros. Analiso, nesse sentido, que como uma prática muito simples- prática extensionista- o projeto consegue efetivar de forma hábil e impactante um diálogo com a sociedade civil e com as politicas públicas.
Infelizmente, talvez por ser um projeto ainda jovem, a possibilidade de informações via internet ainda é muito limitada. Porém, é interessante observar instituições com perspectivas inovadoras, práticas e realizável. Foi nesse intuito, de breve apresentação- objetiva -que procurei adentrar na descrição de novos paradigmas que estão surgindo nas politicas públicas para um dialogo efetivo com a sociedade civil.
 
Os parceiros do projeto são:
 
Secretária de Direitos Humanos - http://www.direitoshumanos.gov.br/
O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente-CEDCA/PE - http://www2.cedca.pe.gov.br/web/cedca
Portal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA-  http://www.direitosdacrianca.org.br/
Fundação Apolônio Salles de Desevolvimento Educacional- http://www.fadurpe.com.br/index.php
Governo do Estado de Pernambuco - http://www.pe.gov.br/
Universidade Federal Rural de Pernambuco - http://www.ufrpe.br/

Site do Projeto:

Escola de Conselhos de Pernambuco - www.escoladeconselhospe.com.br/