Projeto Encontros Sociais

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segunda-feira, 28 de maio de 2012


De inspiração internacional o projeto Doutores da Alegria está presente em quatro capitais brasileiras são elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. A fascinante trajetória desse grupo de palhaços, que hoje não necessariamente têm essa atividade como profissão, visto que o grupo é composto de pessoas comprometidas com o ideal de se entregarem a magnífica experiência de arrancar olhares brilhantes e largos sorrisos de crianças internadas em unidades hospitalares por onde a trupe passa.


O vídeo abaixo é o trailer do fime "Doutores da Alegria: o filme", que permite visualizar o trabalho desenvolvido:






Tudo se inicia quando em meados da década de 1980 um palhaço americano por nome de Michael Chistensen, ao realizar uma apresentação um hospital de Nova Iorque, pede autorização para falar com as crianças internadas que não puderam sair de seus leitos para prestigiar o evento. Essa foi uma maravilhosa experiência do grupo que o palhaço compunha, a partir de então estavam lançadas as bases para uma ação orientada para valorização da pessoa humana, seja qual for às circunstancias por ela vivenciada.


Através do intercambio, ou melhor, da troca de experiências esses palhaços descobriram que as mesmas atividades eram praticadas em outros países, quando em 1991 Wellington Nogueira, faz a tentativa de implementar um projeto semelhante aqui no Brasil. Em setembro do referido ano, é realizada a primeira visita da alegria do grupo brasileiro no Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (hoje Hospital da Criança) em São Paulo.


Esse breve relato do histórico dos Doutores da Alegria é para explicitar quão grande é o efeito transformador de ações que prezam pela valorização do outro, e se orientam na troca mútua de respeito, amor, alegria, esperança. Enfim é através de suas atividades que a trupe se constrói e constrói novas expectativas para as crianças hospitalizadas, seus pais e para os profissionais de saúde nas unidades visitadas..

A última unidade dos Doutores da Alegria foi aberta em Recife (PE), sob a coordenação do ator Fernando Escrich, já tem atuação nos seguintes locais: Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Barão de Lucena, Hospital da Restauração, Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira – IMIP.






Apesar da limitada da presença em 4 capitais brasileiras, o projeto influencia ações em todo o Brasil, e permite a participação voluntária em diversos lugares, fora da sua sede.


Em linhas gerais, os trabalhos fora das sedes são mais flexíveis principalmente quanto aos participantes, uma vez que a grande parte do grupo é voluntária (um contraposto à sede que conta com a maior parte dos participantes com ligação ao teatro e/ou música).


Com um motivo comum (parente com câncer), eu, Priscila, tive a oportunidade de participar de algumas atividades dos “Doutores Coloridos”, onde o palhaço Dr. Pipoca, integrante dos Doutores da Alegria de São Paulo, estende suas atividades à sua cidade natal, Jacareí (no Vale do Paraíba), concomitantemente à inúmeros voluntários que variam de atores, enfermeiros e psicólogos à engenheiros, estudantes e donas de casa.


Em uma das experiências aconteceu no Hospital São Francisco de Assis, que por coincidência foi o mesmo lugar onde minha avó estava fazendo o tratamento do câncer no estômago, conheci Janaína, chamada de Jana por todo corpo médico local.


Um dia com Jana me vez rever muitos pontos importantes, e acreditar nos detalhes da vida. Poucos dias depois da tarde passada com Jana ela faleceu, mas sua força e sorriso foram bases para a recuperação da minha avó.


Tal trabalho favorece na recuperação mais rápida do paciente, como já foi mostrado em algumas pesquisas uma vez que ajuda na quebra da tensão que o tratamento gera e ainda ajuda a família a abstrair a dor recorrente desse processo, além de engrandecer quem se disponibiliza a vivenciar essa experiência mágica.


Foto tirada depois das conversas na central de Quimioterapia do Hospital  São Francisco de Assis (Jacareí - SP)
Mais informações no site dos Doutores da Alegria:  http://www.doutoresdaalegria.org.br/








Priscila Lima
Stephanne Hellen

segunda-feira, 21 de maio de 2012

ProJovem Adolescente - Recife



Mesmo com programas do governo que buscam uma distribuição de renda mais igualitária, tentando diminuir o nível de pobreza, ainda encontramos vários problemas decorrentes dessa desigualdade social, entre eles, o desemprego, a má qualidade do sistema educacional, o alto índice de analfabetismo funcional, o alto índice de jovens fora da escola e etc.

“Entre os anos 1996 e 2006, houve um aumento de 31,3% dos homicídios na população jovem de 15 a 24 anos de idade. Esse crescimento supera o ocorrido pelos homicídios na população total (20%), no mesmo período.”
Mapa da Violência no Brasil 2008

Logo como participante de todos esses problemas está o jovem, excluído e impedido de desenvolver sua autonomia, sua cidadania, sua cultura. Dessa forma, faz-se necessária a presença de ações políticas promovidas pelo poder público que atuam junto a esse setor da sociedade.

O Projovem Adolescente Recife, parte integrante do conjunto de políticas pensadas para a juventude, tem o intuito de garantir aos jovens, entre 15 e 17 anos, principalmente aos egressos de medidas socioeducativas, um apoio com o intuito de complementar e manter o jovem no sistema educacional através dos chamados “coletivos”, grupos de jovens organizados por orientadores sociais. Atua também na inserção, reinserção e permanência dos jovens na escola, com todo o aparato psicossocial necessário. 

O Programa também integra a Política Nacional de Assistência Social - PNAS, devendo seguir os princípios e diretrizes desta Política. Trata-se de serviço de proteção básica, a contribuição para a preparação para o mundo do trabalho; bem como a proteção, socialização e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários do público jovem. 

É importante explicitar que o Coletivo de Jovens é um espaço de convivência e participação no qual serão desenvolvidas reflexões e atividades práticas a partir dos temas de meio ambiente,  cultura, esporte e lazer, saúde, trabalho e cidadania, direitos humanos e socioassistenciais. Para a realização dessas atividades é necessário mostrar a importância de valores, princípios e regras que orientam a convivência social e a relação entre direitos e deveres,  vivência coletiva e democrática da construção das regras de convivência no Coletivo. O resultado desse trabalho é a solidariedade e a igualdade. 

O tema da juventude ocupa um lugar de destaque na sociedade atual. Ações como a do pro jovem, objetivam reduzir a pobreza e a desigualdade, promover a autonomia e a inclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade social. É necessário que o governo garanta a todos e a todas as oportunidades para desenvolverem plenamente suas potencialidades e capacidades e, assim, viverem de forma digna e autônoma.

Rosalia Andrade
Dhyogo Cavalcanti

terça-feira, 15 de maio de 2012

CUFA (Central Única Das Favelas)

A CUFA nasceu como um movimento de dentro da favela para dar voz aos intitulados “favelados”, uma organização social que reúne uma serie de ações e frentes em diversas favelas em todo Brasil. Usando da base do hip hop de ação social e integração entre os indivíduos, a CUFA desde 1999 vem tentando dar voz aos jovens moradores desses bairros, que em sua maioria são negros.


A CUFA organiza eventos visando intensificar e potencializar o talento da juventude em situação de risco, como oficinas de DJ; Break, Graffiti, Escolinha de Basquete de Rua, Skate, Informática, Gastronomia, Audiovisual e muitas outras, mostrando que a comunidade tem potencial para gerir seu progresso com sua própria mão-de-obra sem deixar de se comunicar com as outras comunidades e criando novas redes de sociabilidade.


A organização assim como o Hip Hop e toda a “cultura de rua” ligada ao movimento se estendeu aos quatro cantos e se alimentou de varias fontes, ganhando apoio da mídia deixando a favela e caindo no gosto da classe média, dessa forma consegui muito destaque e capitalizou recursos para se ampliar ainda mais e ganhar terreno transformando a vida nas favelas pelo Brasil.


Apesar de grandiosa e bem vista por todos a CUFA apresenta alguns problemas, pelo tamanho e toda extensão que a CUFA tem ela não consegue gerenciar de perto todos as ações em todos os locais, logo, algumas localidades se beneficiam muito mais do que outras, algo que considero normal em um tipo de ação desse porte. Outro ponto é  que as localidades atendidas ficam numa certa dependências da CUFA; um dos maiores problemas que se enfrentam ao iniciar um trabalho desse é suscitar a auto-gestão, que na maioria dos casos dura pouco tempo.


Acredito que a CUFA é algo grandiosos como jamais vimos, mas outros programas como estes podem ser criados a partir de um modelo de auto-sufiência dentro das comunidades, mesmo que sem o recurso necessário, que muitas vezes provem de fontes duvidosas, é possível fazer um trabalho e aprimorar o talento que sai das comunidades!
http://cufa.org.br/


Antonio Marques

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Programa PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil


O PETI é um programa do Governo Federal, gerido pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, tendo como objetivo a erradicação do trabalho de crianças e adolescentes menores de 16 anos, garantindo o acesso à escola e a educação sócio-escolar. Esse programa visa estabelecer parcerias com os Governos Estaduais e Municipais (principalmente no item do financiamento), pretendendo que o Programa chegue ao acesso de todas as crianças que trabalham.
É de suma importância a existência da Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil tem como intuito garantir órgãos gestores das áreas de Assistência Social, Trabalho, Educação e Saúde, Conselhos de Assistência Social, de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, Ministério Publico,Delegacia Regional do Trabalho ou postos, entre outras instituições e órgãos que visem garantir a proteção a essas crianças/adolescentes. O papel da Comissão Municipal é contribuir para a sensibilização e mobilização de setores públicos e sociedade para combate ao problema. Entre outros papeis visa também sugerir procedimentos complementares para as diretrizes do PETI, acompanhar e supervisionar as atividades desenvolvidas, denunciar a ocorrência do trabalho infantil, etc.
Com a premissa de transferência de Renda, tendo como exemplo maior o Programa Bolsa Família, o Programa PETI transfere por criança retirada do trabalho infantil cerca de 25 à 40 reais, respeitando a densidade demográfica em que a criança e sua família se situa. Para que participe do Programa a família tem que retirar essas crianças/adolescentes de trabalho que envolva exploração infantil. Os mesmo devem estar devidamente matriculados em escolas de ensino regular e com frequência mínima de 85%. Além dos benefícios financeiros, o programa oferece ainda os seguintes benefícios:

• Apoia e orienta as famílias beneficiadas por meio de atividades de capacitação e geração de renda;
• Fomenta e incentiva a ampliação do universo de conhecimentos da criança e do adolescente, por intermédio de atividades culturais,desportivas e de lazer, no período complementar ao do ensino regular (Jornada Ampliada);
• Estimula a mudança de hábitos e atitudes, buscando a melhoria da qualidade de vida das famílias, numa estreita relação com a escola e a comunidade.

O Programa, no inicio de implementação (1999), teve caráter seletivo e de não-universalidade, pois tinha como característica ser implantado em cidades onde havia grande ocorrência de trabalho infantil, que revelam, em sua maioria, os maiores indicadores sociais. Assim sendo, ampliou-se em 2005 sua área de abrangência, assim como os critérios de implantação do Programa: prevenir a entrada precoce dessas crianças no ambiente do trabalho.
Vale salientar, que o Programa PETI não soluciona o problema do trabalho infantil, porém promove rebatimentos importantes no que tange as condições objetivas de sobrevivência, ou seja, a renda familiar e o consumo de mercadorias (alimento, roupas...), o incentivo ao acesso a escola e a participação das famílias na vida dessas crianças, de maneira geral, ou seja, há uma mudança de cultura no que se refere às práticas familiares no privado e no social.(PADILHA, 2008). Porém, ao mesmo tempo, legitima o trabalho infantil (de forma indireta), quando põe em prática a qualificação dos pais, e das próprias crianças e adolescentes, que não visa, a priori, a entrada no trabalho formal, tendo como premissa o empreendedorismo familiar que possui como principal consequência o uso das crianças e adolescentes nessas práticas de trabalho.

BIBLIOGRAFIA
PADILHA, Miriam Damasceno. Assistencia Social, Trabalho Infantil e Familia. UFPE, 2002.
Presidência da República Controladoria Geral da União – CGU, Portal da Transparência do Governo Federal. Site: http://www.portaltransparencia.gov.br/aprendaMais/documentos/curso_PETI.pdf.

Ana Fabíola Pontes e Mércia Cristina
Graduandas em Serviço Social - 6º Período.