Projeto Encontros Sociais

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terça-feira, 12 de junho de 2012

Terça no Mangue



Esse movimento é realizado na comunidade da ilha de Deus, que por um tempo ficou conhecida como “ilha sem Deus”, na qual esta localizada no bairro da Imbiribeira. Tem uma população de cerca de 900 pessoas. A taxa de analfabetismo entre os moradores é de 50%, menos de 30% têm água encanada ou coleta de lixo


Este local é considerado uma das comunidades mais ativa e dinâmica da cidade do Recife, na perspectiva da cultura da pesca artesanal, sendo ela também uma Área de Preservação Permanente por ser uma das maiores áreas de mangue em zona urbana do Brasil. Nela a maioria da população sobrevive da extração dos recursos do mangue, como pesca e coleta de crustáceos. 


Mas esta área esta sendo ameaçada a ser transformada em uma unidade de conservação de projeção integral, onde a própria população não poderia tirar mais o seu sustento através da pesca, que ali sempre foi feita, pois no local só seria permitido programas como visitação, educação ambiental e pesquisa científica. Mesmo com um quadro tão desfavorável, a necessidade de preservação do meio ambiente mobilizou a comunidade a ponto de transformarem o manguezal em atração turística.  


Através dessa força de vontade, eles criaram a Terça no Mangue, que é uma das ações do Caranguejo Uçá que tem como objetivo a ação e educação ambiental, no intercâmbio com escolas, grupos e pessoas comprometidas com o equilíbrio do manguezal, e consequentemente com toda a cidade do Recife. 


Um dos focos de ação diz respeito à atitude responsável do caranguejeiro, quanto a não utilização de artifícios predatórios, através do diálogo direto e reflexivo, na direção da construção coletiva da dignidade e do respeito a todas as espécies, inclusive do homem, como parte integrante do meio. A coleta dos resíduos agressores do meio ambiente também é alvo, também a luta contra formas predatórias de coleta do caranguejo, assim como o respeito as diversas espécies deste habitat, inclusive do homem, além de proporcionar uma reflexão a cerca da origem dos focos de poluição, que invadem e transformam a paisagem e as vidas dos mangues do Recife.


Passeio de alunos pelo mangue

Pescadores no Mangue








Juliana Barral