Projeto Encontros Sociais

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sábado, 29 de outubro de 2011

Uma curta análise sobre o ENEM

Neste último fim de semana foi realizado o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que pode ser para muitos jovens a porta de entrada em uma Universidade, seja ela pública, através do SiSU (Sistema de Seleção Unificada) ou particular, através do já bastante conhecido Prouni. Porém não faltam críticas a essa prova relativamente nova usada pelo governo. Como podem ver em um trecho de um artigo do jornalista Reinaldo Lourenço, colunista da Veja on-line:

“...É perfeitamente possível ter um desempenho apreciável no exame sendo um idiota em língua portuguesa, matemática, história, geografia, geometria, biologia, física, química…
Se o sujeito for razoavelmente alfabetizado, ele só precisa demonstrar que é uma “boa pessoa” e que defende as mesmas causas abraçadas, ao menos no discurso oficial, pelo regime. Basta, em suma, ser politicamente correto, amando a natureza, os pobres, a igualdade, o planeta e as diferenças culturais. E, acima de tudo, é preciso odiar a injustiça social. Ainda que seja incapaz de dizer quanto é 9 vezes 7. Afinal, vocês sabem: aula de matemática agora serve à liberdade.”

Como cidadão e como estudante que se submeteu a passar por todas os “Novos ENEM’s” realizados, não poderia discordar mais do jornalista. Primeiramente, é preciso pontuar que o ENEM se propõe a ser um outro estilo de prova, se não novo, mas totalmente diferente do que estamos acostumado a ver em outros vestibulares. Sua prova tende a privilegiar questões de interpretação e atualidades, exigindo assim do candidato, uma visão crítica acerca de vários assuntos, diferentemente do modelo tradicional de vestibular que exige dos estudantes que decorem, tabelas, fórmulas, regras e etc. Obviamente é impossível ensinar a pensar, o que força uma significativa mudança na maneira como são ensinados os conteúdos no Ensino Médio e nos Cursinhos Pré-Vestibular. Em suma, a idéia do MEC é deixar para trás aquela história de "decoreba" e fazer com que o estudante pense em soluções práticas para um problema do cotidiano, por exemplo.

Em contrapartida, se a qualidade do exame enquanto avaliação é notória e eficaz, não se pode dizer o mesmo a respeito de sua logística. Sobram escândalos com relação à organização do exame, desde vazamento de provas até erros de impressão. Tais erros me fazem crer que o mais acertado seria apostar em um modelo descentralizado de prova, em dias e provas diferentes para realização dessa prova pelo país, dessa maneira seria mais fácil evitar e corrigir eventuais problemas.
É notório, portanto, que a mudança na avaliação, pretende selecionar estudantes com um perfil diferenciado do de costume, sua intenção é dar a oportunidade de estudar numa Universidade Pública a aqueles com uma visão mais crítica de mundo, que realmente tenham algo a oferecer à sociedade, nada mais justo, pois é ela, nesse caso somos nós, que financiamos através de impostos a manutenção das Universidades Federais e Estaduais.


Dhyogo Cavalcanti

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Democracia de Nike no pé.



Durante a nossa 1° SES um tema gerou muito debate e permeou todas as discursões, a participação social e politica dos movimentos sociais e seus possíveis lideres!
Um tema amplo que acalorou discussões durante todas as mesas de nosso evento, onde a participação social em vários momentos tomou formas diferentes seja na voz de lideres, de fiscalizadores dos gastos públicos ou da movimentação informal e espontânea.
As principais criticas era sobre que tipo de participação temos atualmente? Já que a participação por meio de sindicatos e associações foi posta muitas vezes como uma forma “clássica” de reivindicação de direitos e que já está impregnada pela politicagem e se transformando e verdadeiros pontos de boca de urna. Um fato não podemos negar, as associações institucionalizadas conseguiram mudar a realidade da muitas comunidades e há alguns anos os governos vem empoderando e endinheirando os lideres dessas instituições que já não lutam pelos mesmo ideais que comunidade comunga. É certo que as mudanças que ocorreram nas ultimas décadas resolveram problemas factuais enquanto que a mudança estrutural dentro do sistema politico e social do Brasil é remendada pela boa economia que alavanca os votos e a satisfação e ainda alimenta o comodismo do Brasil que “cresce”.
Essa nova participação seria de forma autônoma com mobilizações por meio das redes sociais e manifestações “espontâneas”, mas seria realmente mais eficiente? Não posso afirmar com alguma certeza o fato é que os Brasileiros se inspiram em revoltas internacionais em que as redes sociais e a ausência de partido e regulamentos rígidos de associações conseguiram mover ditaduras rígidas e fazer cair opressores que há décadas estavam no poder, calor que a situação em que ocorreu a “primavera árabe” é bastante diferente da atual conjuntura Sociopolítica brasileira.
Até onde a participação popular precisa estar calcada no engajamento por causas especificas de uma comunidade ou necessidades mais imediatas como um calçamento ou a reforma da pracinha e enquanto isso como anda a reforma politica e as reformas estruturais pelos direitos e acessos a bens universalizados, o líder comunitário não é o vilão, o inimigo que antes era personificado nos coronéis, nos barões e um industrial ao modo europeu do sec. XIX, hoje é invisível, está dissolvido entre os fluxos globais  e o mercado financeiros e especulações.
Assim como Leci Brandão já falava em suas musicas da esperança que surgisse um líder na comunidade assim como o fantástico “Zé do caroço” hoje esperamos que se ergam milhares de “Zé” que botem a boca do mundo que faça um alvoroço e não se contente com seus sapatos de marcas famosas enquanto ainda são caçados pela policia, que exija não uma revolução do movimento popular, mas sim uma evolução do povo em mo(envol)vimento!

“... E na hora que a televisão brasileira
Destrói toda a gente com sua novela
É que o Zé bota a boca no mundo
Ele faz um discurso profundo
Ele quer ver o bem da favela

Está nascendo um novo líder...”

Leci Brandão
(Para quem se interessar na música: http://www.youtube.com/watch?v=on6KBN7x3IM)


Antonio Marques Silva Lima

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mais um momento charneira


"Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser" C.L.

 
Este mês as postagens serão sobre os momentos charneiras que passamos. Momento charneira, que segundo o dicionário priberam da língua portuguesa, é uma juntura das valvas da concha; uma dobradiça; uma peça móvel com fuzilhão no centro da fivela. No sentido figurado quer dizer, acontecimento que une partes diferentes, que serve à união de dois grupos ou mundos diferentes; intermediário. O sentido figurado dado pelo dicionário se aproxima do significado adotado da charneira na história da vida das pessoas, um ponto de transição, de mudança ou de evolução.
Durante nossa existência passamos por alguns destes momentos que nos levam a novos sentimentos e novas descobertas. Ele é o ponto final e o início de uma nova fase.  Já passei por alguns destes momentos, alguns traumáticos outros libertadores. Aqui falarei de um comum aos amigos universitários – a entrada na universidade.
Por que este é um momento charneira para mim? Porque ele é a concretização do início da minha vida adulta. Pois não só obtive a maioridade de fato, mas mudanças comportamentais e ideológicas. A universidade caracterizou a minha liberdade perante meus pais e a vida, as minhas escolhas passaram a ser mais minhas e menos dos outros. Então, este momento passou a ser importante na busca da minha identidade, no ser humano que eu iria me tornar.
Andrezza Sousa



EVENTOS DO NOSSO GRUPO EM OUTUBRO


Nosso grupo marcando presença no PET- RECEBE de setembro.
Este mês de outubro o nosso PET – Conexões Encontros Sociais, um pet interdisciplinar com alunos de diversos cursos, quais sejam Serviço Social, Ciências Sociais, Geografia, Nutrição, Enfermagem, Ciências da Computação, completa 10 meses de atividades compostas por ensino, pesquisa e extensão.
Durante este tempo desenvolvemos ações em algumas comunidades carentes da cidade do Recife, organizamos cine- debate, oficina, participamos dos encontros dos PETs.
 Agora estamos bem próximos do nosso primeiro PET – Recebe¹ que será realizado em conjunto com outro PET conexões, o de Contábeis tutorado pela professora Ana Fontes.
Este mês será de grandes eventos para o nosso grupo, além de termos o nosso primeiro PET- Recebe, ou seja, a nossa primeira oportunidade de mostrar aos nossos colegas petianos as atividades que vêem sendo desenvolvidas por nós. O outro grande evento é a I Semana Encontro Sociais organizada por nosso PET e o Pontes de Cultura – projeto de extensão.
A Semana Encontros Sociais tem por objetivo também dar visibilidade ao nosso grupo que é novo em relação aos outros grupos PETs da universidade, alguns com mais de 20 anos de existência. Bem como proporcionar discussões no que tange o ensino, a pesquisa e a extensão. Trazendo a comunidade pra universidade e revelando a importância das atividades desenvolvidas pelo grupo.
Sendo assim, a programação do encontro é a seguinte:


¹ PET-RECEBE é um encontro mensal entre os pets da UFPE e da UFRPE em que um grupo ou dois ficam responsáveis por organizar e receber os outro pets para falar um pouco das ações que estão desenvolvendo. O encontro também serve para aproximar os integrantes dos grupos.

Semana Encontros Sociais

sábado, 8 de outubro de 2011

Um momento CHARNEIRA em minha vida.


Assim como muitas pessoas venho de uma escola publica da grande cidade do Recife. Estudei na Escola Joaquim Távora e pude conhecer professores muito bons e que realmente gostavam do que faziam. Sempre tive muita sorte de poder aprender tanto lições acadêmicas como pessoais com esses grandes mestres.
            São exemplos para mim professores como o meu querido Prof. Antonio (de matemática na 6ª e 7ª serie), minha querida Profª Heliete, Márcia, Enalva, Samuel. Todos esses me deram grandes exemplos.
            Como estou aqui para falar de um momento charneira em minha vida falarei de uma grande conquista e também sobre o que esta conquista me proporcionou. Passei no vestibular no ano de 2009 através de grandes esforços e dedicações assim como todos que sobrem essa avaliação, por mais algumas porque como falei no inicio do texto sou oriunda de escola publica, mas enfim cheguei à universidade e no curso que escolhi.
Quando as aulas começaram e aquele grande susto das mudanças da vida de ensino médio começaram a aparecer senti muito. Mas fui mais uma vez presenteada com uma grande mestra que tenho a sorte de ter presente até hoje na minha vida.
            Meu momento charneira foi o meu ingresso na Universidade Federal de Pernambuco, que assim como muitos, era um grande sonho que pode realizar. Mas as minhas grandes conquistas estão sendo construídas, idealizadas e realizadas ao longo do período da universidade.
Agradeço a muitas pessoas por isso. Agradeço aos meus pais que sempre me deram forças, a minha família, aos meus amigos, colegas que estiveram e estão presentes durante todo esse caminhar. Agradeço a esse Grupo lindo que é o PET Encontros Sociais que torna os dias dentro da universidade e a pesquisa -o nosso trabalho como um todo- mais felizes. E agradeço muito a pessoa que tenho como exemplo a seguir citada a cima que ganhei como presente em meu primeiro período. Agradeço a você Maria Aparecida Nogueira.
Um Beijo grande.      
Fabíola Pontes-Estudante de Serviço Social 5º Período.